Pergunto-me a mim mesma

Pergunto-me porque me sinto tão sozinha embora rodeada de gente, porque é que esta história não acaba e não resolvo este círculo mental em forma de teia. Continuo a fugir dos meus fantasmas, creio.

Pergunto-me onde estava eu quando me deixei envolver com sentimentos perigosos como este mais uma vez, como não previ que me faltava a emoção da paixão pela paixão e por onde andarás, quando me perco em pensamentos negros e pesarosos.

Pergunto-me porque passaram tantos anos e continuo a não ver saída, mesmo sabendo agora que é mais profundo e pessoal do que queria fazer crer. Como chorei de tristeza pisada... e inchada. Como partilhei contigo essas lágrimas que mais ninguém viu. Como te abracei como jamais alguém acreditou, como mesmo tu só no auge das tuas fraquezas o permitiste...

Onde é que o vento nos levará amanhã? Sinto um punhal no peito, mas parto em busca novamente sem ter receio do que poderá ocorrer novamente.

Será que andas algures por ai e não mo queres dizer? Será que realmente és tu e ninguém sabe disso?

Perguntas e mais perguntas das quais tento obter as respostas e não me são dadas para imensa tristeza minha, pois sinto que poderias ser quem procuro para, quiçá, completar a minha alegria e fazer com o meu dia cinzento passa-se a ter cor mais um dia, mais uma hora, mais um minuto, mais um segundo.